Diante da queda expressiva de receita no Ceará, nos últimos meses, por conta da crise financeira provocada pela pandemia da Covid-19, a secretária da Fazenda do Estado, Fernanda Pacobahyba, sinalizou, nesta quinta-feira (4), a deputados estaduais, que o Governo do Estado deve fazer novos cortes "rígidos" de gastos para manter as contas em dia. A titular da Pasta disse que também avalia o adiamento do pagamento da primeira parcela do 13º salário dos servidores estaduais, feito geralmente em junho.
Pacobahyba participou de reunião virtual da Comissão de Orçamento da Assembleia Legislativa. Ao fim de cada quadrimestre, a equipe econômica do Governo estadual deve apresentar ao Legislativo o balanço do cumprimento das metas fiscais.
A secretária iniciou a reunião frisando que os dados referentes à receita - soma do que é arrecadado - do Estado, nos últimos meses, eram "catastróficos", por conta da pandemia. Segundo ela, o Ceará perdeu R$ 1,4 bilhão em abril e maio deste ano, em comparação com igual período de 2019.
O impacto maior foi em maio, quando o Estado perdeu 38% de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é a principal fonte de arrecadação do Governo. Segundo Pacobahyba, o único setor que registrou aumento de arrecadação foi o de energia elétrica.