Segundo o presidente da Câmara Municipal de Granjeiro, Luiz Márcio Pereira (PMN), ainda não houve tempo hábil para definir os detalhes sobre a posse. “Devido a essa correria, as homenagens e a dor do momento, a gente não teve como se reunir”, explicou. Pereira decretou luto oficial de três dias no município pela morte de João do Povo.
Rompimento
Apesar de integrarem a mesma chapa vencedora das eleições municipais de 2016, o prefeito e o vice haviam rompido há pouco mais de oito meses, quando o grupo político de Ticiano Tomé fez denúncias contra João do Povo.
O gestor era suspeito de movimentar cerca de R$ 26 milhões na conta de um parente beneficiário de aposentadoria rural, num período de dois anos, segundo as investigações da Operação Bricolagem, relativas a fraudes em licitações para construção de escolas. O valor dos contratos fraudados somava cerca de R$ 5 milhões. Um dos mandados foi cumprido em sua casa, onde foram encontrados R$ 213 mil em espécie, guardados em caixas de sapatos.
Por telefone, o vice-prefeito de Granjeiro disse estar "consternado" com a morte de João do Povo e afirmou que aguarda os trâmites legais para assumir a gestão. "É um fato que cabe à Justiça apurar, buscar as provas e averiguar o fato ocorrido. Não é normal. É lamentável. Todos nós estamos consternados, muito tristes com o acontecido. A política é feita de aliados e adversários políticos, mas isso não cabe na política", disse Ticiano.